quarta-feira, 22 de julho de 2015

LIÇÃO 04 – PASTORES E DIÁCONOS 3 º TRIMESTRE DE 2015





Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.
Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância;
Guardando o mistério da fé numa consciência pura. E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis. Da mesma sorte as esposas sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo. Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, e governem bem a seus filhos e suas próprias casas. Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus.

1 Timóteo 3.1-4 ; 8-13

INTRODUÇÃO
A igreja de Éfeso, fundada por Paulo, estava enfrentando ataques de hereges: os judaizantes e os gnósticos. Preocupado com a saúde espiritual do povo de Deus e sua organização, o apóstolo envia o jovem cooperador Timóteo, obreiro de sua alta confiança. Em I Tm 3 o apóstolo dá orientações a Timóteo quanto a separação de obreiros, deixando clara a necessidade que a obra tem destes cooperadores; bem como destaca as qualificações morais que estes devem possuir para exercer liderança na congregação; e, por fim, qual a postura da igreja em relação a estes servos do Senhor.


I – TIMÓTEO: O PASTOR DA IGREJA DE ÉFESO

As cartas de Paulo a Timóteo e a Tito são conhecidas como epístolas pastorais porque tratam especificamente de orientações dadas a dois obreiros acerca da organização e saúde da igreja. Na ocasião em que foram escritas, a igreja já existia há cerca de trinta anos. O apóstolo Paulo escreve estas epístolas no intuito não só de instruir Timóteo e Tito acerca do combate aos falsos ensinos na igreja, mas também a de trazer instruções pessoais quanto a responsabilidade dos
cooperadores na igreja, bem como, orientações acerca da vida cristã.

1.1 A igreja na cidade de Éfeso. “ Éfeso era uma antiga cidade grega no território da Lídia, na Ásia Menor. Ficava localizada na desembocadura do rio Caister, cerca de cinquenta e seis quilômetros a suleste de Izmir (a antiga Esmirna mencionada no Novo Testamento). Era uma das mais importantes cidades da Ásia Menor, no que atualmente é a Turquia”
O ministério de Paulo em Éfeso foi singularmente eficaz. Ele estava nesta cidade na sua
segunda viagem missionária (At 18.1921), porém só obteve maior êxito na terceira viagem (At 19). Durante mais de dois anos (At 19.8,10) pôde pregar sem impedimentos, primeiro na sinagoga e mais tarde na escola de Tirano (At 19.9). Operou milagres especiais (At 19.11) e travou um contato mais direto com a população de Éfeso e da província em geral do que com a de qualquer outro lugar. Lucas nota que “ todos os que habitavam na Ásia ouviram a palavra do Senhor
Jesus, assim judeus como gregos” (At 19.10), e que “ assim a palavra do Senhor crescia poderosamente e prevalecia” (At 19.20), e que o número dos que creram foi tão grande que a idolatria sofreu perdas econômicas (At 19.26,27). A igreja de Éfeso tornouse
um centro missionário, e durante séculos foi um dos baluartes do cristianismo na Ásia Menor.

1.2 A ação pastoral de Timóteo em Éfeso. A primeira epístola a Timóteo o apresenta dirigindo uma florescente comunidade cristã na cidade de Éfeso (I Tm 1.3a).
Era uma igreja mista, composta por anciãos e jovens (I Tm 5.1);
mulheres solteiras e viúvas (I Tm 5.2);
servos e senhores (I Tm 6.1); 
ricos e pobres (I Tm 6.1719).

Paulo lhe dá diversas orientações quanto ao que deveria ser feito naquela igreja (I Tm 1.1820;2.13;
3.1-16). Mas havia uma necessidade urgentíssima. A comunidade de Éfeso estava sendo atacada por ensinos falsos. Dados os desafios, a tarefa de Timóteo não seria fácil (I Tm 1.34). Este nobre cooperador fora enviado pelo apóstolo a Éfeso para solucionar estes problemas (I Tm 1.3)

II ORIENTAÇÕES
PAULINAS QUANTO A SEPARAÇÃO DE PESSOAS PARA A OBRA
A necessidade de cooperadores no desenvolvimento da Obra de Deus, sempre foi uma realidade tanto no AT como no NT. Isso pode ser bem exemplificado em Moisés (Ex. 18.1327). Seguindo o modelo veterotestamentário, o apóstolo Paulo procura deixa claro, nas epístolas pastorais,que na direção das igrejas locais, o pastor seria auxiliado por presbíteros e diáconos, que cooperariam para o bom desenvolvimento da igreja local (1 Tm 1.3; 3.13; 5.17; Tt 1.5).

2.1 A necessidade de líderes para a igreja (I Tm 3.1). O povo de Deus sempre precisou de líderes para orientálo. Foi assim no A.T. onde Deus sempre atuou por meio de uma pessoa que liderava o povo na execução de Sua vontade.

Podemos citar diversos exemplos:

Abraão (Gn 12.13)
Moisés (Ex. 3.1-10)
Josué (Nm. 27.1823; Js 1.19), etc. Esses
líderes eram instrumentos de Deus, chamados por Deus de “pastores” cuja finalidade era apascentar o povo de Deus com “conhecimento e inteligência” (Jr. 3.15ARA).
Por isso, Jesus instituiu líderes para estarem a frente do seu povo. A princípio, os doze apóstolos (Lc 6.13) e Paulo (I Tm 2.7). Estes, por sua vez, orientados por Deus escolheram e prepararam homens para as mais diversas necessidades que surgiram no meio do povo de Deus (At 6.16; Fp 4.3; Cl 4.11;
Fm 1.24; Tt 1.5). É por isso que toda Igreja precisa de pastor, e não existe pastor sem Igreja (Jr 3.15; Ef. 4.11,12).

2.2 As qualificações dos líderes para a igreja (I Tm 3.213).
Orientando Timóteo, Paulo apontou quais as qualificações morais que o cooperador deve possuir, a fim de auxiliar o pastor nas diversas atividades da igreja. Quando o apóstolo diz:
“convém, pois, que o bispo seja [...]” está se enfatizando o caráter, já que a palavra “ seja” aponta para virtudes que o indivíduo já tem, antes de ser chamado para algum trabalho especifico. Paulo examina de um jeito ordenado: ( a)
pessoalmente (I Tm 3.23)
( b) quanto à família (I Tm 3.45)
( c) quanto à igreja (I Tm 3.56)
( d) quanto ao mundopagão (I Tm 3.7). 

Vale salientar que estas exigências morais são exigidas de todos os crentes e não apenas daqueles
que exercem liderança (Ef 1.4; Fp 2.15; Cl 1.22; I Ts 3.13; 5.23; I Tm 5.7; I Pe 1.15,16).

2.3 A postura dos crentes em relação aos líderes (I Tm 5.17). Sabendo da importância que os cooperadores tem para o bom andamento da obra de Deus, Paulo aconselha a igreja a têlos
“(...) e m grande estima, e amálos (I Ts 5.13);

Reconhecêlos( 1Cor 16.18);
imitálos (Hb 13.7);
obedecêlos ( Hb 13.17) 
Compreendêlos (Hb 13.17);
orar por eles (Hb 13.18) pois “ (...) velam por vossa alma, como aqueles que hão de dar conta delas ...”
( Hb 13.17b) e por causa “ (...)
do trabalho que realizam (...)” (1 Ts 5.13b – ARA).

III – A IMPORTÂNCIA DO PASTOR, DO PRESBÍTERO E DO DIÁCONO PARA A IGREJA
Com o crescimento da igreja, houve a necessidade de se estabelecer mais cooperadores que estivessem cooperando com os apóstolos. Foi assim a instituição do diaconato (At. 6) e demais ofícios na Igreja (At. 13.15;Gl 2.9,10; Tt 1.5). Abaixo definiremos a função de pastor, presbítero e diácono e suas atribuições:

DONS
MINISTERIAIS DEFINIÇÃO ATRIBUIÇÕES

PASTOR
Pastor (gr. P oimen ) Dom
ministerial dado por Cristo, que
tem como finalidade o
aperfeiçoamento do rebanho
para a obra do serviço cristão.
São aqueles que “cuidam de
rebanhos(Ef. 4.11). Guiam
como também alimentam o
rebanho (At. 20.28; 1 Pe 5.1,2).

O próprio termo indica a pessoa que dirige.Sua missão é múltipla e polivalente:

 ( a) cuidar da sã doutrina, refutar a (Tt 1.911)

( b) ensinar a Palavra de Deus e exercer a direção da igreja local (1Ts 5.12; 1Tm 3.15)

( c) ser um exemplo da pureza e da sã doutrina (Tt 2.7,8) 

( d) esforçarse no sentido de que todos os crentes permaneçam na graça divina (Hb 12.15; 13.17; 1Pe 5.2).

Sua tarefa é assim descrita em At 20.28-31: salvaguardar a verdade apostólica e o rebanho de Deus contra as falsas doutrinas e os falsos mestres que surgem dentro da igreja. Pastores são ministros que cuidam do rebanho, tendo como modelo Jesus, o Bom Pastor (Jo 10.11-16; I Pe 2.25; 5.24).

PRESBÍTERO
O presbítero (gr. P resbuteros ),
ancião, supervisor. É um ofício.
O presbítero é o obreiro que
coopera com o pastor no
apascentamento do rebanho, no
ensino e orientação da igreja
local (At. 15.6; 16.4;1 Pe 5.13).
De acordo com o NT, os presbíteros são responsáveis por:

( a)Administrar e supervisionar uma igreja local, pois são líderes na igreja (1Tm 5.17; Tt 1.7; 1 Pe 5.12)

( b) Ensinar e pregar a Palavra (1Tm 3.2; 5.17; 2 Tm 4.2; Tt 1.9);

( c) Proteger a igreja de falsos mestres (At 20.17,28-31; 1Tm 4.1; Tt 1.9);

( d) Exortar e admoestar os santos na sã doutrina (1Tm 4.13; 2Tm 3.1317; Tt 1.9);

( e) Visitar e orar pelos doentes ungindoos com óleo (Tg 5.14; At 20.35);

( f) Julgar questões doutrinárias (At 15.16);

( g) Dirigir igrejas (1Pe 5.2; 1Tm 5.17); e,

( h) Apascentar e cuidar da igreja (1Pe 5.2; Hb 13.17).

DIÁCONO
Diácono (gr. D iakonos ) “criado,
servo.” Serviço ou encargo
específico” “É aquele que
serve” É um ofício. Um
cooperador que coopera com o
pastor da igreja, nas atividades
relacionadas com os serviços de
ordem material e social.
O ofício e a função dos diáconos teve começo no tempo dos apóstolos (At 6.15) Há registros que identificam como um grupo de cooperadores específicos nos dias dos apóstolos (Fl. 1.1; I Tm 3.813).
A própria palavra diácono é usada de várias maneiras, nas páginas do NT, subentendendo serviço espiritual ou material.

CONCLUSÃO

Vimos nesta lição, quão importante é que a igreja tenha pastores, presbíteros e diáconos para o seu bom funcionamento e para que o rebanho do Senhor possa ser conduzido pelos trilhos da sã doutrina. Como igreja devemos ter grande respeito por estes servos do Senhor, orando sempre por eles para que Deus continue ajudandoos neste importante serviço em prol do Reino de Deus.

Fonte : www.rbc1.com.br

domingo, 19 de julho de 2015

A Verdadeira Fé




"De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a DEUS e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem" Ec 12.13

A verdadeira Fé nos obriga á obediência. " Recebemos a graça e o apostolado ", diz Paulo, "para a obediência da fé entre todas as gentes pelo seu nome" (Rm 1.5).

Essa fé sonhadora e sentimental, que ignora os juízos de DEUS contra nós ouve  as declarações da alma é tão mortal quanto cianeto.

Essa fé que aceita passivamente todos os textos agradáveis das Escrituras, ao mesmo tempo em que ignora ou rejeita os graves avisos e mandamentos das mesmas Escrituras, não é a fé de que CRISTO e seus apostolos falavam.

A fé na fé é uma fé equivocada. Esperar pelos céus, por meio desse tipo de fé, é entrar na escuridão, cruzando um profundo abismo sobre uma ponte que não alcança o outro lado.

( Anotações de A.W Tozer )

UM TIPO DO FUTURO ANTICRISTO





Eu, pois, no primeiro ano de Dario, o medo, levantei-me para animá-lo e fortalecê-lo.
E agora te declararei a verdade: Eis que ainda três reis estarão na Pérsia, e o quarto acumulará grandes riquezas, mais do que todos; e, tornando-se forte, por suas riquezas, suscitará a todos contra o reino da Grécia. Depois se levantará um rei valente, que reinará com grande domínio, e fará o que lhe aprouver. Depois se levantará em seu lugar um homem vil, ao qual não tinham dado a dignidade real; mas ele virá caladamente, e tomará o reino com engano. E com os braços de uma inundação serão varridos de diante dele; e serão quebrantados, como também o príncipe da aliança.
E, depois do concerto com ele, usará de engano; e subirá, e se tornará forte com pouca gente.
E braços serão colocados sobre ele, que profanarão o santuário e a fortaleza, e tirarão o sacrifício contínuo, estabelecendo abominação desoladora.E este rei fará conforme a sua vontade, e levantar-se-á, e engrandecer-se-á sobre todo deus; e contra o Deus dos deuses falará coisas espantosas, e será próspero, até que a ira se complete; porque aquilo que está determinado será feito.

(Dn 11.1-3,21-23,31,36)

INTRODUÇÃO

O capítulo 11 do livro de Daniel, descreve a quarta e a última visão do conteúdo profético do livro. A visão diz respeito aos reinos que se seguirão sucessivamente até chegar ao governo do Anticristo, prefigurado na pessoa de Antíoco Epifânio, um rei selêucida, que surgiu no período Interbíblico. Veremos nesta lição, o período entre os Testamentos; a ascensão do governo de Antíoco Epifânio; quem foi Antíoco Epifânio e, a semelhança do seu governo com o do Anticristo.

I – O PERÍODO INTERBÍBLICO
O período entre os dois Testamentos foi um espaço de quatrocentos anos, conhecido como Interbíblico ou Intertestamental. Esta época compreende o retorno dos judeus do exílio até o nascimento de Jesus e, é considerado como o período do silêncio divino. Contudo, nesta época, acontecimentos proféticos cumpriram-se na íntegra, trazendo o surgimento de um personagem importantíssimo tanto para a história bíblica, quanto para a história secular. As condições
gerais desse período podem ser relembradas sabendo-se que houve quatro tempos distintos em que esses quatrocentos anos podem ser divididos:

(1) o período persa, 430-322 a.C.;
(2) o período grego, 321-167 a.C;
(3) o período da independência, 167-63 a.C; e
(4) o período romano, 63 a.C. até Jesus Cristo”

II – O SURGIMENTO DO GOVERNO DE ANTÍOCO EPIFÂNIO

Com a queda do Império Persa em cerca 331 a.C., Alexandre o Grande, tronou-se um imponente imperador, conquistando também a Palestina em cerca de 332 a.C. Em cumprimento do que está escrito em (Dn 11.3,4), Alexandre o Grande morreu precocemente no apogeu do seu poder e, o seu reino foi divido e repartido entre quatro dos seus generais, a saber, Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu. Seleuco governou a Síria, a Babilônia e a Média (o Reino do Norte); e, Ptolomeu governou o Egito (o Reino do Sul). A princípio, a Palestina ficou debaixo do controle sírio, mas não muito
depois passou para o controle egípcio, ficando assim durante cerca de cem anos, até 198 a.C. Neste ínterim, os selêucidas (o Reino do Sul) reconquistaram a Palestina, e nos anos 175-164 a.C., os judeus foram severamente perseguidos por Antíoco IV ou Epifânio, que estava resolvido a exterminá-los, juntamente com a sua fé em Deus.

III – ANTÍOCO EPIFÂNIO NA VISÃO HISTÓRICA E NA VISÃO PROFÉTICA DE DANIEL

“Antíoco Epifânio (175 a 164 a.C.); filho de Antíoco o Grande, rei dos selêucidas, do Reino do Norte; governou onze anos e, morreu no ano 164 a.C. Foi o grande perseguidor dos judeus na Palestina. Ele foi em sua geração, o homem mais desprezível, narrado nesta profecia; um tipo do futuro Anticristo, “[...] o homem do pecado, o filho da perdição” (2 Ts 2.3);”  “Antíoco tentou incorporar os judeus em seu programa de helenização, ou seja, implantar nos judeus a cultura grega; mudando suas leis, proibindo o culto e os costumes religiosos deles sob pena de morte”  Abaixo destacamos informações bíblicas a respeito deste homem.

3.1 “Depois se levantará um homem vil...” (Dn 11.21a). “Antíoco Epifânio é apresentado como um homem vil, alguém em quem não se pode confiar; um maquinador e um impostor. É o ‘pequeno chifre’ citado no livro de Daniel 8.9-27. Ele é chamado de o Anticristo do Antigo Testamento e, é visto prefigurando o Anticristo do fim dos tempos”

3.2 “[...] ao qual não tinham dado dignidade real...” (Dn 11.21b). “Antíoco Epifânio não estava na linha da sucessão, mas tornou-se rei por manipulação, traição e lisonjas, isto é, a política usual. O trono deveria ser de Demétrio Soter, filho e sucessor direto de Seleuco IV Filopater, o atual rei do Reino do Norte, que segundo a profecia morreu “sem ira e sem batalha” (Dn 11.20), envenenado por Heliodoro, seu irmão de criação.” Demétrio Soter , estava sendo mantido refém em Roma. E com o trono desocupado, Antíoco usurpou o trono e assumiu o poder na Síria”

3.3 “[...] mas ele virá caladamente...” (Dn 11.21c, 24). A expressão “caladamente” no texto revela a sagacidade deste tirano. “Antíoco Epifânio era um pensador hábil e um orador habilidoso, cujas guerras com palavra eram tão eficazes como suas guerras com armas. Gostava de valer-se de traições, lisonjas e truques. A palavra hebraica para as lisonjas é 'halaqlaq', que tem o sentido básico de 'esperteza suave' “Conforme a descrição dos escritos antigos, Antíoco Epifânio às vezes fugia secretamente da corte e ia para cidade disfarçado, fazendo amizades com os estrangeiros mais desprezíveis que visitavam o país. Ele praticava os caprichos mais esquisitos, levando alguns a
acreditar que fosse um imbecil e, a outros que fosse um louco”

3.4 “E com os braços de uma inundação...” (Dn 11.22). “Antíoco Epifânio era alguém que sabia falar, mas também era um bom guerreiro. Alcançou êxito em sua primeira ação militar, no momento em que as suas forças militares arrasaram os exércitos egípcios como se fosse uma enchente/dilúvio, uma expressão usada para ataque militar (Dn 9.26)

3.5 “[…] como também o príncipe do concerto” (Dn 11.22). “Ele encomendou o assassinato do sumo sacerdote de Jerusalém, Onias III, a quem a profecia se refere como príncipe da aliança, que foi morto pelo seu próprio irmão, Menelau, que o traiu, a pedido do próprio Antíoco” “Em Daniel 11.28,30 e 32 a palavra 'aliança' ou 'concerto' é usada para se referir ao Estado judeu, que na época era uma teocracia (o Governo de Deus), tendo o sumo sacerdote como seu líder”

3.6 “[...] seu coração será contra o concerto...” (Dn 11.28,31). “Na sua viagem para o norte, através de Israel para a Síria com as suas riquezas, Antíoco propagou uma sedição, ou seja, uma sequência de assassinatos bárbaros, roubos, catástrofes. Ele atacou o templo de Jerusalém, colocando no lugar Santo uma imagem do deus grego, Zeus; esse altar a Zeus é o que os judeus chamam de abominação desoladora; profanou os ritos dos sacrifícios quando ofereceu uma porca no altar do Senhor”  “os judeus consideravam os porcos imundos (Lv 11.4,7,8); além disso, os sacrifícios eram normalmente feitos com animais machos (Lv 8.18-21). Desse modo, o sacrifício de uma porca foi uma tentativa de sujar e desonrar a religião judaica” “Antíoco ainda massacrou 80.000 judeus, levou 40.000 como prisioneiros de guerra e, vendeu outros 40.000 como escravos”

3.7. “E esse rei fará conforme a sua vontade...” (Dn 11.36). Neste ponto, o autor apresenta um rei que governará “no fim do tempo” (Dn 11.40). O seu reinado de terror inaugura um ‘tempo de angústia’ sem paralelos na história humana (Dn 12.1; Mt 21.21,29-31); este rei não pode ser Antíoco Epifânio, mas é um personagem perverso e tirânico do fim dos tempos. Esta descrição está em conformidade com a descrição deste personagem, apresentado em outras passagens da Bíblia (Dn 7.8- 11,20-27; 2 Ts 2.3,10; Ap 13.4-8; 19.19-20), e foi aceita por toda a História da Igreja (por exemplo, Crisóstomo, Jerônimo, Teodoreto e Lutero)

IV – SEMELHANÇAS DO GOVERNO DE ANTÍOCO EPIFÂNIO COM O GOVERNO DO ANTICRISTO

“Aqui, as histórias dos dois “anticristos” são colocadas de costas uma para a outra, não simplesmente por ênfase, mas porque ambas envolvem o ódio aberto contra Deus e a perseguição aos judeus, à plataforma de ambos os governos se assemelham.” 

DESCRIÇÃO ANTÍOCO EPIFÂNIO ANTICRISTO

Significado do nome “Opositor” No grego “antichristos” “contra Cristo”
A promoção da mentira Dn 11.21,23,24,27 2 Ts 2.11
A promoção do pecado Dn 11.25-30 / 2 Ts 2.3
A promoção do culto a Satanás Dn 11.31 / Dn 11.45;  2 Ts 2.4
A promoção de uma economia única Dn 11.22, 23 ; Ap 13. 16-18

CONCLUSÃO
Como podemos ver, Antíoco Epifânio prefigura o Anticristo que há de vir. Assim como este perverso imperador perseguiu os judeus com roubos, assassinatos, profanando o sagrado e com tantas outras catástrofes, semelhantemente, o Anticristo, o homem do pecado, perseguirá os judeus, cometendo as maiores atrocidades, a fim de destruí-los, mas assim como Antíoco Epifânio foi extirpado, o Anticristo com o seu governo também será, pois o Senhor, que é o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, destruirá o Anticristo pelo assopro da sua boca e pelo esplendor da sua vinda (2 Ts 2.8).


Fonte: www.rbc1.com.br

quinta-feira, 16 de julho de 2015

A PEREGRINAÇÃO DE ISRAEL NO DESERTO DO SINAI




Ao terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no mesmo dia chegaram ao deserto de Sinai, Porque partiram de Refidim e entraram no deserto de Sinai, onde se acamparam. Israel, pois, ali se acampou em frente ao monte. E subiu Moisés a Deus, e o Senhor o chamou do monte, dizendo: Assim falarás à casa de Jacó, e anunciarás aos filhos de Israel: Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a mim;Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha. E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.
Êxodo 19:1-6

E aconteceu que, queixou-se o povo falando o que era mal aos ouvidos do SENHOR; e ouvindo o SENHOR a sua ira se acendeu; e o fogo do SENHOR ardeu entre eles e consumiu os que estavam na última parte do arraial.
Então o povo clamou a Moisés, e Moisés orou ao Senhor, e o fogo se apagou.
Pelo que chamou aquele lugar Taberá, porquanto o fogo do Senhor se acendera entre eles.

Números 11:1-3


INTRODUÇÃO

A história de Israel através do deserto, caminhando em direção à terra prometida, mostra-nos muito daquilo que é a nossa experiência cristã neste mundo. Depois da travessia do Mar Vermelho o povo de Deus foi conduzido ao deserto, lugar onde Deus iria ensiná-los á viver em sua dependência. Foi no deserto que Jeová-Jirê manifestou as suas provisões, e os cuidados com o seu povo. Podemos dizer que a peregrinação do povo de Israel no deserto tipifica o trajeto da Igreja na terra
(1 Pe 2.11).

I – DEFINIÇÕES E DIVISÕES DO LIVRO DO ÊXODO

Os cinco primeiros livros da Bíblia, de acordo com as traduções gregas e latinas, são nomeados com base em seu conteúdo; já na tradição judaica, são nomeados por suas palavras iniciais. Por isso, o livro do Gênesis é chamado de bereshit
(no início); o livro do Êxodo é shemot (os nomes); o livro do Levítico é wayyiqra (ele chamou); Números é bemidbar (no deserto); e o Deuteronômio é debarim (palavras). O livro do Êxodo relata o início da história de Israel. Esse livro pode ser dividido de diversas formas. Para favorecer
esse estudo, optamos pela divisão em quatro partes:

a) (Êx 1.1,15,21) – narra a opressão do povo de Israel pelo faraó, a promessa de salvação por meio de Moisés, a luta de Javé com o faraó e a salvação de Israel: a passagem no mar;

b) (Êx 15. 22-18,27) – a caminhada no deserto e as dificuldades em encontrar água e comida; conflitos com outros grupos e necessidade de descentralizar o poder;

c) (Êx 19. 1-24,11) – a manifestação de Javé no Monte Sinai, entrega da Lei e
celebração da aliança

d) (Êx 24. 12-40,38) – descrições do santuário e de rituais sacerdotais.

II – AS EXPERIÊNCIAS DE ISRAEL NO DESERTO
A rota mais curta e lógica para se chegar do nordeste do Egito até Canaã seria aquela ao norte do Sinai, seguindo a costa do Mediterrâneo e atravessando o território dos filisteus, chamada na Bíblia de “O Caminho da Terra dos Filisteus”
(Ex 13. 17), “O Caminho do Mar” (Is 9.1). O livro do Êxodo (13. 17–18) deixa bem claro que esta rota não foi utilizada pelos filhos de Israel após a saída do Egito. Este caminho, da fronteira do Egito até Gaza, possui cerca de 240 quilômetros. Esta distância levaria apenas algumas semanas, talvez um mês, para ser percorrida, mesmo por um grande grupo de pessoas, incluindo seus rebanhos. Alguns estudiosos sugerem que uma caravana poderia percorrer 35 quilômetros por dia em um deserto, resultando em 7 dias de viagem. Sendo assim, alguns dias seriam suficientes para percorrer este trajeto, mas outro caminho foi escolhido por Deus, e este levou 40 anos para ser percorrido. A rota escolhida foi descrita em Êx 13.18 como:
“O Caminho do Deserto do Mar Vermelho” vejamos as experiências que Israel passou nestas quatro décadas:

1) Ramessés - Israel foi tirado do Egito (Êx 12; Nm 33.5).
9) Acampamentos no Deserto - 70 anciãos foram chamados
para ajudar Moisés a governar o povo (Nm. 11.16–17).
2) Sucote - Depois que os hebreus deixaram esse primeiro
acampamento, o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna
de nuvem, e de noite numa coluna de fogo (Êx. 13.20–22).
10) Eziom-Geber - Israel atravessou as terras de Esaú e de
Amom em paz (Dt. 2).
3) Pi-Hairote - Israel atravessou o Mar Vermelho (Êx. 14;
Nm. 33.8).
11) Cades-Barnéia - Moisés envia os espiões para a terra
prometida; Israel rebelou-se e foi impedido de entrar na terra;
(Nm. 13.1–3, 17–33; 14; 32.8; Dt. 2.14).
4) Mara - O Senhor fez com que as águas de Mara se
tornassem doces (Êx. 15.23–26).
12) Deserto Oriental - Israel evitou o conflito com Edom e
Moabe (Nm. 20.14–21; 22–24).
5) Elim - Israel acampou ao lado de 12 fontes de água (Êx. 15:27).
13) Ribeiro de Arnom - Israel destruiu os amorreus que
lutaram contra eles (Dt. 2.24–37).
6) Deserto de Sim - O Senhor enviou maná e codornizes para
alimentar Israel (Êx. 16).
14) Monte Nebo - Moisés viu a terra prometida (Dt. 34.1–4).
Moisés fez seus três últimos sermões (Dt. 1–32).
7) Refidim - Israel pelejou contra Amaleque (Êx. 17.8–16).
15) Campinas de Moabe - O Senhor disse que fizesse a
divisão da terra e que expulsasse os habitantes (Nm. 33.50 -56).
8) Monte Sinai (Monte Horebe ou Jebel-Musa) - O Senhor
revelou os Dez Mandamentos (Êx. 19–20). Deserto do Sinai- Israel construiu o tabernáculo (Êx. 25–30).
16) Rio Jordão - Israel atravessou o Rio Jordão a seco e
próximo a Gilgal, pedras tiradas do Rio Jordão em um
memorial da divisão das águas do Jordão (Js. 3–5.1).

III – ALGUNS DADOS NECESSÁRIOS A SEREM OBSERVADOS
Em Dt 8.2, vemos que o Senhor Deus determinou o período de quarenta anos com o objetivo de “humilhar, provar, para saber o que havia no coração do povo judeu, se obedeceriam ao Senhor ou não”. Existem alguns dados necessários que devemos observar para melhor aprendizado, iremos vê-los logo abaixo:

3.1 Data da Partida. Não se sabe ao certo a data da partida do povo Israel do Egito. Existem muitas opiniões, a mais precisa, segundo os melhores cronologistas é 1440 a.C. Segundo Donald Stamps (1995, p. 117), a data de 1440 cai bem. De acordo com o registro bíblico, Moisés esperou a morte do grande opressor para voltar ao Egito, de seu refugio em Midiã (Êx 2.23). O rei do Egito que ameaçara a vida de Moisés agora estava morto. Isso leva o êxodo (período de peregrinação) para 1440- 1400 a.C.

3.2 O primeiro censo. Não se sabe precisamente o número exato de pessoas que marcharam para o deserto, o texto sagrado nos informa que era cerca de 600 mil homens de pé (provavelmente homens de guerra acima de 21 anos), sem contar mulheres e crianças (Êx 12.37-38). Alguns teólogos calculam que a multidão era de aproximadamente 3 milhões de pessoas
peregrinando pelo deserto cheio de dificuldades. “Se levarmos em conta as mulheres, as crianças e o misto de gente (v. 38),ou seja, os que não eram descendentes de Abraão, então, havia uma multidão de pelo menos três milhões de pessoas”

3.3 Um povo duvidoso. Duvidoso quanto ao caminho (Êx 14.11,12);

quanto a comida (Nm 11.4-6); 

quanto aos inimigos (Êx 14.10);

até Moisés tinha dúvidas (Êx 14.13,14; Nm.11.11-15). 

Não devemos ter dúvidas (Mt 21.21; Mc 11.26).

3.4 Uma mistura de gente. Havia muitos estrangeiros que também eram escravos no Egito, que também queriam fugir da
escravidão egípcia. Essas pessoas são conhecidas como “vulgo ou populacho” (Êx 12.38). As tais pessoas provocaram distúrbios no meio do povo de Israel aproveitavam os momentos difíceis, esta mistura trouxe problemas (Nm.11:4-6) e prejuízos posteriormente (Sl 106.7,14-17).

IV - O POVO DE ISRAEL E O MILAGRE EM MARA
Segundo o texto bíblico nos informa logo depois que o povo de Israel atravessou o Mar Vermelho, saíram para o deserto de Sur, caminharam três dias no deserto e não acharam água potável (Êx 15.22,23). Mara se encontra cerca de 30 km da costa oriental do Mar Vermelho. Em razão do solo ser abundante em soda, a água era salobra e amargosa. O povo de Israel chegou a essas águas através do caminho indicado por Deus (Êx 13.17-18, 15.22). Isso nos ensina que os caminhos que o
Senhor leva o seu povo, pode até ser difícil, sofrido e duro, porém é a maneira didática de Deus ensinar os seus filhos que as experiências difíceis são educativas e não somente punitivas (Rm 5.3-5). “Assim como Deus curou as águas amargas de Mara, assim Ele curaria Israel satisfazendo-lhe as necessidades físicas... Deus queria tirar o espírito de murmuração do
meio do povo e lhe dar uma fé forte.

V - A ATITUDE DE INGRATIDÃO DE ISRAEL
“...queixando-se o povo, era mal aos ouvidos do Senhor” – é assim que começa o capítulo 11 de Números. Depois de apenas três dias de viagem (Nm 10.33) saindo do Sinai o povo começou a murmurar e a queixar-se porque as condições não eram boas. Logicamente, o deserto não era um ambiente recomendável para se fincar uma tenda. Todavia, o Libertador da nação não prometeu um teletransporte para Canaã. Era necessário que chegassem lá pelas próprias pernas. E o Senhor usou
essa jornada como um “processo de disciplina e esquecimento dos costumes egípcios”. Na caminhada, eles precisavam exercer fé e um senso de dependência total de Deus. O povo de Israel não soube ser grato a Deus pois já tinha posto o Senhor à prova dez vezes ao longo da caminha no deserto (Êx 14.11, 12; 15.24; 16.3; 16.20; 16.27-29; 17.2, 3; 32.7-10; Nm 11.1, 2; Nm 11.4; Nm 14.1-4). Contudo, Deus estava mais do que presente entre o povo. Qualquer reclamação sobre
alguma ameaça à integridade física da nação seria completamente infundada, pois não lhes faltava alimento, água ou saúde (Dt 8.15,16).

VI - DEUS SE MANIFESTOU COMO O SENHOR DA PROVISÃO NO DESERTO
O nome de Deus que o identifica como “provedor” é “Jeová-Jireh” (Gn 22.8-14). Ao logo da caminhada de Israel no deserto contemplamos o agir de Deus como Deus provedor. O termo Jeová Jireh do hebraico, tem o significado no português “O Senhor proverá”, indicando que o nosso Deus tem por virtude prover todas as coisas. É bom lembrar que Deus supriu o seu povo em todas as suas necessidades básicas para a sobrevivência como: água, comida e vestimenta (Êx 33.22, Is 32.2;
Êx 19.4 Dt 32.11,Sl 91.4, Sl 57.1,63.7; Êx 33.14-15; Dt.8.3,33.27). O mesmo Deus que supriu o povo de Israel no deserto é o mesmo que também suprirá todas as nossas necessidades (Fp 4.19), pois ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb 13.8).

CONCLUSÃO

A grande multidão que estava no deserto, estava sendo conduzida pelo Autor da vida. Deus estava ensinando o seu povo á viver na obediência de Sua Palavra. Devemos aprender que o deserto é o lugar onde Deus ensina os seus servos.


Fonte : www.rbc1.com.br

quarta-feira, 15 de julho de 2015

LIÇÃO 03 – ORAÇÃO E RECOMENDAÇÃO ÀS MULHERES CRISTÃS - 3º TRIMESTRE DE 2015




"Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; Pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade; Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade.Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.
Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, Mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras. A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição."

1 Timóteo 2.1-5;9-11

INTRODUÇÃO
No capítulo de número dois, da primeira epístola a Timóteo, encontramos duas, das muitíssimas exortações do apóstolo Paulo ao jovem ministro da igreja de Éfeso, quanto ao comportamento esperado dos crentes quando eles interagem como uma igreja. Nesta lição, estudaremos a oração como uma proposta intercessora, nos conscientizando de que devemos interceder por todos os homens para que eles alcancem o favor de Deus e, isto inclui os líderes governamentais da nossa nação; e, por fim, veremos as recomendações do apóstolo aos crente de Éfeso, aplicandoas
aos nossos dias.
I – ADMOESTAÇÕES PAULINAS QUANTO A ORAÇÃO INTERCESSORA
Embora Deus seja O Todo Poderoso e conheça tudo, Ele decidiu nos deixar “ajudálo”
a mudar o curso do mundo através das nossas orações, ou seja, por meio da nossas intercessões. “O Verbo 'orar' do grego ' proseuchomai' sempre é usado acerca da 'oração' feita a Deus”  Já o verbo interceder, de acordo com o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, é "pedir, rogar, suplicar (por outrem); intervir (a favor de alguém ou de algo)". No sentido bíblico do Novo Testamento é orar em favor de outros, na direção e no poder do Espírito Santo. Na intercessão, o intercessor põese
diante de Deus no lugar da outra pessoa.

1.1. Priorizando a oração (1 Tm 2.1). Ao introduzir este capítulo, que trata da liturgia do culto público da igreja de Éfeso, o apóstolo Paulo diz: “ Admoestote, pois, antes de tudo...” ( 1Tm 2.1); “ antes de tudo” é uma linguagem figurada do grego, “ prõton”, que aponta para dignidade ou importância, o primeiro de todos, principalmente, especialmente (Mt 6.33; Rm 3.2; 1Tm 2.1; 2Pd 1.20; 3.3)”  Essa expressão frisa a importância de que dentre todas as práticas que deveriam ser observadas pelos efésios no culto, esta que o apóstolo apresenta na introdução como “antes de tudo”, deveria ser tomada como primazia.

1.2. A igreja como sacerdócio real (1 Tm 2.1,2). “ A igreja de Éfeso, quando se reunia para celebrar o seu culto ao Senhor, já não dirigia orações (intercessões) a Deus em favor da salvação dos perdidos. Alguns embriagados pelos falsos  ensinos dos falsos mestres judaizantes, que pregavam a salvação somente para os judeus e prosélitos do judaísmo entre os gentios, e gnósticos, que pregavam que os homens poderiam ser reabsorvidos no próprio ser de Deus, quando ele recolhesse a si mesmo todas as suas emanações, haviam perdido o propósito intercessor encontrado na prática da oração; Daí, Paulo, exorta a Timóteo, a resgatar, do seio da igreja, o seu ofício sacerdotal, o amor e a misericórdia pelas almas  perdidas, o sentimento que deveria os fazer cair de joelhos e clamar em favor da Salvação do Senhor aos estes perdidos”

1.3. A nobreza da intercessão. A Bíblia nos ensina a importância da intercessão da igreja. Vejamos:

( 1) aplaca o juízo divino (Gn 18.23-32;Nm 14.13-19;Jl 2.17);

( 2) restaura o povo (Ne 1; Dn 9); 

( 3) livra as pessoas do perigo (At 12.5,12; Rm 15.31); 

(4) atrai a benção de Deus para povo (Nm 6.24-26; 1Rs 18.41-45;Sl 122.68)

( 5) invoca o poder do Espírito Santo sobre os crentes (At 8.15-17;Ef 3.14 - 17)

( 6) faz com que o enfermo seja curado (1Rs 17.2023; At 28.8; Tg 5.14-16)

( 7) leva o pecador a receber o perdão dos pecados (Ed 9.515;Dn 9; At 7.60);

( 8) beneficia pessoas investidas de autoridade à governam bem (1Cr 29.19; 1Tm 1.1,2);

(9) faz a vida cristã ser crescente (Fp 1.911;Cl 1.10,11); 

( 10) guarda os pastores ( 2Tm 1.37)

( 11) protege a obra missionária ( Mt 9.38; Ef 6.19,20); 

(12) invoca salvação do próximo (Rm 10.1).

II – A ORAÇÃO E A VONTADE DE DEUS

O texto de 1Tm 2, apresenta o comportamento esperado dos homens e das mulheres. Devemos levar em conta o pano de fundo histórico. Lendo o versículo oitavo, “ Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda” (1Tm 2.8), a princípio entendemos que as mulheres eram excluídas da celebrarão do culto público, pois a expressão “homem” apresentada no texto, em grego é “ aner” , que significa “homem” em contraste com “mulher”. O significado primário do texto, é que os varões eram os que deveriam fazer (ler) as orações a eles competiam à participação verbal do culto, esta era a herança das sinagogas (Lc4.16-20). Já as mulheres deveriam permanecer em silêncio, pois as recentemente convertidas tinham a tendência de interromper o culto com perguntas, observações impróprias e trajes desonrosos... Paulo não estava se recusando, de maneira geral, a permitir que as mulheres participassem da oração pública” . Quando o apóstolo se dirige as mulheres “Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto...” (1Tm 2.9), Paulo dá a entender como ponto pacífico que as mulheres também participavam da adoração pública e das orações, desde que não comprometessem a santidade. Uma melhor forma de entender este texto seria: “ Também desejo que as mulheres que fizerem parte das orações públicas se vestissem com modéstia...” 
2.1. Por quem orar? (1Tm 2.1,2). “Acertadamente e diferentes dos judaizantes e gnósticos, Paulo admoesta o ministro daquela igreja, dizendo, que todos os homens necessitam das nossas intercessões, já que todos estão ao alcance do poder
da cruz. O versículo quatro frisa muito bem a comissão e missão evangelizadora da igreja de buscar ativamente a Deus em oração pela salvação de todos os homens”

2.1.1 Orando pelos líderes governamentais e autoridades constituídas. 
 As orações em favor dos governantes, isto é, presidência da república, senadores, governadores, deputados federais, deputados estaduais, prefeitos e vereadores, etc.

Devem visar três coisas.

( 1) A salvação d eles (1Tm 2.4,5);

( 2) um “ bom governo”, pois devemos enquanto cidadãos obedecer autoridades civis, desde que não infira o princípios da moral (Rm 13.17;At 5.29),

( 3) que não se tornem perseguidores da fé religiosa, conforme com frequência tem sucedido. Os judeus reconhecendo a importância de um tranquilo relacionamento com os governantes seculares, para o benefício da fé e da inquirição espiritual, oravam e  sacrificavam por seus governantes” (Ed 6.10; Jr 36.7)

2.2. A quem orar? (1Tm 2.5). “ Os gnósticos t raziam em suas d outrinas, raízes deístas (doutrina que, apesar de admitir a existência do Supremo Ser, ensina não estar Ele interessado no curso que a história toma, ou venha a tomar), a respeito  de Deus. Eles imaginavam que a matéria (os homens) é má por si mesma, e, assim sendo, Deus nunca poderia  aproximar-se dela, pois, em tal caso, ficaria contaminado, bem como, a necessidade de muitos mediadores na criação. A  declaração monoteísta (do grego “ monós , “um”, “Theos” “Deus” Crença  na existência de um único Deus) de Paulo
“Porque há um só Deus um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem...” (1Tm2.5), tinha por escopocontradizer tais noções, além de a sseverar a existência do Deus teísta , ou seja, o Deus que está interessado pelo homem  que criara, que mantém o contato com ele, e que tanto o castiga quanto o recompensa, conforme o caso; Paulo também  tinha a intensão de revelar Cristo como o único mediador . Existe apenas um Deus, existe apenas um mediador, a este Deus por meio de Cristo deve ser dirigidas as orações pela salvação de todos os homens”

2.3. Os frutos da intercessão (1Tm 2.2). “ Quando Paulo escreveu esta carta, a perseguição era uma ameaça crescente para os crentes. Mais tarde, quando Nero, o imperador (aproximadamente 5468 d.C), precisou atribuir a alguém a culpa pelo grande incêndio que destruiu a maior parte de Roma em aproximadamente em 64 d.C. acusou os cristãos romanos  para eliminar a suspeita em relação à sua própria pessoa. Então houve grande perseguição aos cristãos por todo o Império
Romano. Aos cristãos, não somente eram negados certos privilégios na sociedade; alguns chegaram até a ser  publicamente assassinados, queimados, ou lançados como alimento aos animais” . Paulo
recomenda o jovem obreiro para que orassem pelo bem de Nero, a fim de, terem “ ... uma vida quieta e sossegada , em toda piedade e honestidade ” (1Tm 2.2). Jesus já havida dito que devemos orar por nossos inimigos (Mt 5.43-48).  intercedamos por nossa nação, por nossos governantes, para que possamos desfrutar dos frutos da intercessão.

III – RECOMENDAÇÕES PAULINAS AS MULHERES
A vontade Deus para com as mulheres cristãs é que elas fossem muito discretas quanto ao vestir. Ao que parece, o “espírito da Grécia” influenciava algumas mulheres a serem sensuais aponto de despertarem a luxúria. Ampliando asrecomendações que Paulo deu a Timóteo, sob a “lupa do evangelho”, concluímos que as exigências podem ser aplicadas tanto a homens quanto a mulheres, pois quanto a salvação, todos precisam viver em santidade.

3.1. “... se ataviem”. “ No grego, “ kosmeo” , que significa “pôr em ordem”, “adornar”, “decorar”, “tornar atrativo”. O termo “ kosmos” vem do verbo “ Kosmos” de onde vem a palavra “cosmético”. É indiscutível que o ser humano procura tornarse atrativo, isto faz parte da natureza humana. Todavia, Paulo admoesta que os valores cristãos devem serdiferentes dos do mundo” (CHAMPLIN, 2014, p. 393acréscimo nosso).

3.3. O verdadeiro adorno. “Paulo enfatizou que o caráter interior era muito mais importante do que a aparência exterior. O padrão de vestir, das mulheres deveria ser caracterizado por:

( 1) t raje honesto (probidade, decoro, decência; castidade; pureza.);

( 2) c om pudor (sentimento de vergonha, gerado pelo que pode ferir a decência, a honestidade ou a modéstia),

(3) c om modéstia (ausência de vaidade, simplicidade);

( 4) com boas obras (Gl 5.22). Ampliando estas recomendações, concluímos que os crentes devem “vestir” o seu comportamento de uma maneira que complemente o seu caráter, em vez de discordar dele. Os crentes não devem ser dados à ostentação, a enfeites caros, e a adornos excessivos. Tampouco é apropriado um modo de vestir sedutor ou sexualmente sugestivo. Isso prejudica a santidade e adoração no culto. Quando Paulo diz que as mulheres de Éfeso não usassem tranças, ou ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos queria dizer que a sua ênfase deveria estar não na sua aparência, mas sim em quem elas eram” (RIBAS, 2009, p. 489 acréscimo
nosso).

CONCLUSÃO
No demais, precisamos nos conscientizar de duas coisas: de que fomos chamados por Deus para levar o seu evangelho a toda criatura. Portanto homens e mulheres devem diuturnamente clamarem a Deus para as que vidas perdidas possam receber a Salvação de Jesus Cristo, como também, devemos elevar a santidade em nossas vidas.

Fonte : www.rbc1.com.br

sexta-feira, 3 de julho de 2015

UMA MENSAGEM A IGREJA LOCAL E A LIDERANÇA 3º TRIMESTRE DE 2015

Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, segundo o mandado de Deus, nosso Salvador, e do Senhor Jesus Cristo, esperança nossa, A Timóteo meu verdadeiro filho na fé: Graça, misericórdia e paz da parte de Deus nosso Pai, e da de Cristo Jesus, nosso Senhor.
1 Timóteo 1:1,2

Paulo, servo de Deus, e apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de Deus, e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade, Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos; Mas a seu tempo manifestou a sua palavra pela pregação que me foi confiada segundo o mandamento de Deus, nosso Salvador; A Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum: Graça, misericórdia, e paz da parte de Deus Pai, e da do Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador.
Tito 1:1-4

INTRODUÇÃO

A lição do terceiro trimestre de 2015 tem como título: A Igreja e o seu Testemunho – As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais , onde teremos a oportunidade de estudar treze lições baseadas nas epístolas de I e II Timóteo e Tito, que foram denominadas de E pístolas Pastorais . Nesta primeira lição traremos informações introdutórias acerca destas três epístolas paulinas; veremos o recorte apologético do apóstolo Paulo contido nelas; e, por fim, destacaremos ainda
exortações paulinas acerca dos futuros ataques contra a Igreja de Cristo na terra.

I – INFORMAÇÃO SOBRE AS EPÍSTOLAS PASTORAIS
“As cartas de I, II a Timóteo e a Tito formam um grupo distinto na coletânea paulina, declaram ser comunicações do apóstolo enviadas a dois dos seus cooperadores da maior confiança. Receberam o título de “ Pastorais” desde o início do século XVIII porque estão endereçadas a pastores e/ou líderes e, em grande medida, dizem respeito aos deveres deles”(KELLY, 1983, p. 09 acréscimo
nosso).

1.1 Autoria. “ As epístolas pastorais reivindicam a autoria paulina, fato declarado abertamente na saudação de cada carta
(I Tm 1.1; II Tm 1.1; Tt 1.1) e as observações autobiográficas se encaixam na vida de Paulo conforme registradas em outros lugares, como por exemplo (I Tm 1.12,13; II Tm 3.10,11; 4.1011,19,20). No lado da autenticidade destas epístolas está o fato de que, desde os dias mais antigos da igreja, elas são reputadas obra de Paulo. Apesar dos ataques a autoria paulina, evidências internas nos mostram que o autor é um Paulo idoso e que enfrenta perigo mortal, inteiramente convicto de que o seu ministério se aproxima do fim e de que a tocha deve ser passada para mãos mais jovens e mais robustas. Mas a sua visão da meta do cristianismo não está de forma alguma obscurecida e o seu compromisso com a tarefa cristã não diminuiu” (BEACON, 2006, pp. 440,444 – acréscimo nosso).

1.2 Data. “ Estas epístolas foram escritas depois da libertação de Paulo da primeira prisão em Roma, libertação que provavelmente se deu em 61 ou 62 d.C. A tradição afirma que o apóstolo foi martirizado em 67 ou 68 d.C. As datas terminais desse período final na vida de Paulo são, assim, estabelecidas com um grau justo de certeza. Durante este período foram escritas as Epístolas Pastorais nesta ordem: 1 Timóteo, Tito e 2 Timóteo. A despeito de certa discordância
entre os peritos, esta é a sequência provável” (BEACON, 2006, pp. 444,445).
 Abaixo destacaremos as possíveis datas em que foram escritas estas epístolas:

EPÍSTOLAS PASTORAIS DATA EM QUE FORAM PROVAVELMENTE ESCRITA

I Timóteo 64 d.C.
Tito 65 d.C.
II Timóteo 67 d.C.

1.3 Destinatários. As epístolas pastorais foram endereçadas a dois importantes cooperadores do apóstolo Paulo, a saber: Timóteo e Tito (I Tm 1.12;II Tm 1.12;Tt 1.14). Estes foram comissionados a servir na função de pastores, um em Éfeso (I Tm 1.3) e o outro em Creta (Tt 1.5). Vejamos mais detalhadamente quem eram estes obreiros:

OBREIROS INFORMAÇÕES

Timóteo

Nenhum outro líder cristão, dentre os companheiros de trabalho de Paulo, foi tão recomendado por ele como Timóteo, especialmente em face de sua lealdade (I Co 16.10; Fl 2.19; II Tm 3.10). A cerca de Timóteo, o apóstolo destaca ainda que ele era:

( 1) um estudante zeloso e obediente a Palavra de Deus (II Tm 3.15);
( 2)um servo perseverante (I Ts 3.2);
( 3) um homem de boa reputação (At 16.2);
( 4) amado e fiel (I Co 4.17);
(5) companheiro dedicado a Paulo e ao evangelho (Rm 16.21; 2 Tm 4.9,2122).

Tito

Tito aparece no NT como um excelente líder. Ele é descrito por Paulo como “... verdadeiro filho, segundo a fé comum...” (Tt 1.4). O apóstolo deixou transparecer a devoção genuína e a preocupação pastoral deste cooperador (II Co 8.16,17). A alegria cristã e a dedicação de Tito serviam de inspiração para Paulo (II Co 7.1315). Ele chegou a embasar sua devoção e amizade aos crentes de Corinto argumentando que ele tinha a mesma atitude mental de Tito (II Co 12.18). Ora, todas essas alusões nas epístolas de Paulo, sobre o caráter de Tito, indicam seu íntimo relacionamento com Paulo, e suas excelentes qualidades de líder.

1.4 Propósitos. Paulo escreveu estas cartas para seus companheiros, Timóteo e Tito, a fim de encorajálos a permanecer firmes no evangelho em face dos desafios heréticos. “Todas as três epístolas enfatizam que estes cooperadores precisavam silenciar as heresias ameaçadoras, apontar lideres qualificados nas respectivas igrejas, manter a integridade do evangelho da graça e treinar pessoas para que vivam de modo piedoso em suas comunidades” (ZUCK, 2008, p. 370).

II – HERESIAS QUE PAULO COMBATEU NAS EPÍSTOLAS PASTORAIS

“Timóteo e Tito eram jovens cooperadores que mantinham lugar de extrema comunhão e ternura na confiança e sentimento do apóstolo (I Co 4.17; II Co 8.23). Paulo os colocara, respectivamente, em Éfeso e Creta, onde estavam assumindo a pesada responsabilidade de dirigir estas igrejas cristãs. Em ambas as situações, a igreja era uma pequena ilha de cristãos transformados cercada por vasto oceano de paganismo e corrupção moral. Manter a integridade do movimento cristão no meio desses ambientes era grande tarefa. Havia falsos ensinos que ameaçam a unidade da fé, e o apóstolo se
empenha em fazer o que puder para manter a visão dos seus jovens assistentes em foco nítido (BEACON, 2006, p. 444 – acréscimo nosso). Na tabela a seguir, abordaremos as duas heresias que estavam perturbando os servos do Senhor:

HERESIAS QUEM SÃO O QUE PENSAM E AS REFUTAÇÕES

Judaizantes

Movimento surgido nas primeiras
décadas da Igreja Cristã, cujo objetivo
era forçar os crentes gentios a observar
a Lei de Moisés, principalmente a Lei
cerimonial.

Os judaizantes ensinavam que os cristãos para serem salvos deveriam
observar as práticas judaicas, tais como: a circuncisão (At 15.1; Fp 3.2; Tt
1.10), a abstinência de alguns alimentos (Cl 2.16a;
I Tm 4.3) e a guarda do sábado e dias tidos como especiais (Cl 2.1623).
Na verdade, esse movimento pretendia reduzir o Cristianismo a uma mera seita judaica.
Contra esta perspectiva errônea, Paulo se interpôs veementemente em
suas cartas (Rm 3.28; Gl 2.16; 3.11; 3.24).

Gnósticos

Uma heresia dos primórdios do
cristianismo. O termo “gnose” do grego
gnôsis , significa: “ conhecimento” .
Portanto, diz respeito a um “ pretenso
conhecimento da divindade que,
esotericamente, se transmite através
da tradição e mediante vários ritos de
iniciação” . O gnosticismo uniu a
filosofia pagã com as doutrinas
apostólicas do cristianismo, tornandose
uma forte influência na igreja.
Dentro dessa heresia havia duas cosmovisões opostas. A primeira
inclinavase ao a scetismo . Os hereges ensinavam que p or ser o corpo
essencialmente mau, deveria ser tratado com severidade, regras
rígidas, flagelamento, privações, isolamento, jejuns forçados, desprezo
pelo casamento e pelo mundo material (I Tm 4.45; Tt 1.15); a segunda
inclinavase a i moralidade . Os hereges até invadiam as casas e induziam a
mulheres fracas a concupiscência (II Tm 3.6). Caracterizavamse
pela luxúria (II Tm 4.3), e eram inclinados a avareza (I Tm 6.58)
Professavam conhecer a Deus, mas eram abomináveis (Tt 1.16). Em
relação a estas heresias, a refutação paulina está presente em suas
epístolas ( Rm 8.8; I Co 6.19,20; II Co 7.1; I Ts 5.23).

III – OS ATAQUES CONTEMPORÂNEOS A FÉ CRISTÃ

Escrevendo ao jovem obreiro Timóteo, Paulo fala profeticamente que os últimos dias da Igreja na terras serão de grandes dificuldades “ Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos” (II Tm 4.1). Será um tempo caracterizado sobretudo por intensos ataques a fé cristã como veremos a seguir:

3.1 Ataques a teologia ortodoxa (II Tm 4.3,4; Tt 1.916).

Paulo prevê pelo Espírito Santo que os últimos dias seriam
marcados pelo surgimento de ensinamentos errôneos contra as doutrinas basilares da fé cristã. Estes seriam disseminados no meio do povo de Deus (At 20.29,30; II Tm 2.18). Os demais apóstolos também anunciaram isto (II Pe 2.1; I Jo 2.18,19). Precisamos como servos de Deus conservarmos aquilo que aprendemos (I Tm 1.19; II Tm 1.13; Tt 1.9; 2.1).

3.2 Ataques ao elevado compromisso moral que o evangelho exige (II Tm 3.17; Tt 2.7).

O Evangelho exige um elevado compromisso moral daqueles que aceitam a Cristo (II Tm 2.19,21; Tt 2.12; 3.8). Todavia, com o passar do tempo, muitos que se dizem cristãos irão aderir a “outros evangelhos” que não sejam tão exigentes quanto a pureza na área moral e espiritual (II Tm 4.3). Tenhamos cuidado com os inimigos da cruz de Cristo (Fp 3.18).

3.3 Ataques aos líderes comprometidos com Deus (I Tm 6.20; Tt 1.10,11).

Paulo aconselha tanto a Timóteo quanto a Tito que estejam preparados a sofrerem ataques por parte dos hereges. Um líder comprometido com Deus sempre padecerá perseguições (II Tm 3.11,12), porque não se molda aos padrões do mundo, mas mantémse incontaminado, bem como a doutrina que ensina (I Tm 4.16; Tt 2.1).

CONCLUSÃO

A vida de um homem chamado por Deus, é cercada de perigos que podem comprometer sua vida moral e espiritual. Sabendo disto, Paulo escreveu estas epístolas aos jovens obreiros Timóteo e Tito com o intuito de lhes proporcionar ânimo e apoio espiritual a fim de que pudessem realizar a obra de Deus com êxito.


Fonte: www.rbc1.com.br