terça-feira, 16 de outubro de 2012

A atualidade dos Profetas Menores




I – DEFINIÇÕES

1.1 Profecia. É a revelação inspirada, sobrenatural e única do conhecimento e da vontade de Deus. A profecia não é,necessariamente, uma previsão do futuro, mas, a revelação do conhecimento e da vontade de Deus à humanidade (Am 3.7; Jr 36.1-3; Ez 2.3-8; 3.4-11).

1.2 Profeta. A palavra profeta deriva-se do termo hebraico nabbi que significa “falar” ou “dizer”; e do termo grego prophete, que significa “falar de antemão”. Portanto, o profeta é um mensageiro de Deus. Sua principal função é tornar conhecidas as revelações divinas e transmiti-las ao povo (Êx 7.1; Nm 12.6; I Sm 3.20; Hb 1.1,2).
1.3 Profetas Orais. Foram homens chamados para o ministério profético que não deixaram registros escritos, embora que outros escreveram acerca deles e de suas profecias. Dentre eles, destacamos: Gade (I Sm 22.5); Natã (II Sm 12.1); Aías (I Rs 11.29);Semaías (I Rs 12.22); Azarias (II Cr 15.1); Hanani (II Cr 16.7); Jeú (I Rs 16.1); Jaaziel ( II Cr 20.14); Elias (I Rs 17.1); Micaías (I Rs 22.14); Eliseu (II Rs 2.1), dentre outros.
1.4 Profetas Literários. São os profetas que registraram suas profecias e compõem os 17 livros do AT que vai de Isaías a Malaquias. Cinco deles são denominados de Profetas Maiores (de Isaías a Daniel) e doze de Profetas Menores (de Oseias a Malaquias). São assim chamados, não por causa da sua importância, e sim, pelo conteúdo do livro e pela duração de seu ministério. Embora escritos
há centenas de anos antes de Cristo, a mensagem dos profetas, bem como de toda a Bíblia, é atual e necessária para a Igreja Cristã, pois, os problemas que eles enfrentaram, e os pecados que eles combateram, também ocorrem nos dias hodiernos. Eis aí a necessidade de estudarmos seus escritos e suas profecias.

II - CARACTERÍSTICAS DOS PROFETAS DO AT
Os profetas eram pessoas que falavam em nome de Deus (Dt 18.18-20; I Rs 17.24; 22.28). Também eram conhecidos como“homem de Deus” (II Rs 4.21), “servo de Deus” (Is 20.3; Dn 6.20), “atalaia” (Ez 3.17), e “mensageiro do Senhor” (Ag 1.13). Eles denunciavam as práticas pagãs e pecaminosas (Am 8.4-6) e conduziam o povo ao restabelecimento espiritual (Is 35.3). Vejamos outras características:

2.1 Eles tinham um estreito relacionamento com Deus. Por estarem em perfeita harmonia com Deus (Am 3.7), os profetas compreendiam, melhor do que qualquer outra pessoa, os propósitos divinos e, muitas vezes, tinham o mesmo sentimento de Deus (Jr 6.11; 15.16,17; 20.9).
2.2 Eram pessoas que buscavam o bem do povo. Eles advertiam o povo contra a confiança na sabedoria, riqueza, poderes humanos e falsos deuses (Jr 8.9,10; Os 10.13,14; Am 6.8). Além disso, tinham profunda sensibilidade diante do pecado e do mal (Jr 2.12,13,19; 25.3-7; Am 8.4-7; Mq 3.8); e não toleravam a crueldade, imoralidade e injustiça social (Is 32.11; Jr 6.20; 7.8-15; Am 4.1; 6.1).
2.3 Tinham um estilo de vida característico. Em sua maioria, os profetas abandonaram as atividades corriqueiras da vida para viverem exclusivamente para Deus (I Rs 17.1-6; 19.19-21). Alguns deles viviam solitários (Jr 14.17,18; 20.14-18; Am 5.10; 7.10-13; Jn cap. 3,4), sem contudo, fugir da responsabilidade para a qual foram comissionados (Ez 2.4-6; 3.8,9; 33.6-7; Mq 3.8; Jr 2.19).
2.4 Eles anunciavam eventos futuros. Muitas de suas mensagens diziam respeito a eventos futuros. Os profetas previram, por exemplo, a destruição de Samaria pela Assíria (Os 5.8-12; 9.3-7; 10.6-15); a destruição de Jerusalém pela Babilônia (Jr 19.7-15; 32.28-36; Ez 5.5-12; 21.2,24-27); a vinda do Messias (Is 7.14; 9.6,7; 22.22; Jr 23.5,6; Mq 5.2,5); e outros eventos que ainda estão para se cumprir, como a Grande Tribulação (Dn 9.24-27; Jr 30.7); a Vinda de Jesus (Zc 14.4); e o Reino do Messias (Is 11.1-16).
III – CLASSIFICAÇÃO DOS PROFETAS MENORES
Após a morte de Salomão, por volta de 931 a.C., as doze tribos se dividiram em dois Reinos, conforme Deus havia predito através do profeta Aías (I Rs 11.29-31). O Reino do Norte, que teve dez tribos, e passou a ser chamado de Israel e também de Efraim e Samaria, sendo o seu primeiro rei Jeroboão. E, o Reino do Sul, que chamou-se Judá e teve duas tribos: Judá e Benjamim, que teve como rei Roboão, filho de Salomão. Tanto o Reino do Norte como o Reino do Sul foram para o cativeiro, sendo que as dez tribos do Norte foram levadas pela Assíria para outras nações (2 Rs 17.6-24; Ed 4.2,10); e as duas tribos do Sul, que foram levadas para a Babilônia (2 Rs 24.10-17; 2 Cr 36.9,10), mas, retornaram depois de setenta anos (Ed 1.1-11; Dn 9.1,2). Por isso, os Profetas Menores podem ser classificados em três grupos. Vejamos:
3.1 Os que profetizaram antes do Cativeiro do Norte (722 a.C.): Oseias, Joel, Amós, Obadias, Jonas e Miqueias.
3.1.1 Oseias. A profecia de Oseias foi a última tentativa de Deus em levar a Israel a arrepender-se de sua idolatria e iniquidades persistentes. Deus ordenou que Oseias tomasse uma mulher de prostituições (1.2) a fim de ilustrar a infidelidade espiritual de Israel (Os 2.2-5). O livro enfatiza que, por Israel ter desprezado o amor de Deus e sua chamada ao arrependimento, o juízo não poderia ser adiado (Os 13.13-16).
3.1.2 Joel. Ele profetizou depois de duas calamidades naturais: uma invasão de gafanhotos e uma severa seca (Jl 1.4-12) e falou acerca da iminência de uma invasão estrangeira (Jl 2.1-11). Seu propósito era tríplice:
1º) convocar o povo para uma assembleia solene (Jl 1.14; 2.15,16); 

2º) exortar o povo a arrepender-se e a voltar-se humildemente ao Senhor Deus com jejuns, choro, pesar, e clamor por sua misericórdia (Jl 2.12-17); 

3º) registrar a palavra profética ao seu povo por ocasião de seu sincero arrependimento (Jl 2.18-3.21).

3.1.3 Amós. O livro de Amós divide-se em três seções:
1ª) o profeta dirige uma mensagem de condenação à sete nações vizinhas de Israel, inclusive Judá (Am 1.3-2.16); 

2ª) ele registra três mensagens de juízos divinos (Am 3.1-6.14)

3ª) descreve cinco visões à respeito do juízo divino (Am 7.1-9.10). O livro termina com uma promessa de restauração (9.11-15).

3.1.4 Obadias. Obadias é o livro mais breve do AT e foi escrito com três propósitos específicos:
1º) revelar a ira de Deus contra os edomitas por terem se regozijado com o sofrimento de Judá na ocasião da invasão e destruição promovida pela Babilônia (Ob 1.1-14);

2º) entregar a mensagem de juízo divino contra Edom (Ob 1.15,16); e 

3º) anunciar o livramento divino para Judá (Ob 1.17-21).

3.1.5 Jonas. O tema do livro de Jonas é: a magnitude da misericórdia salvífica de Deus, e conta a história da chamada do profeta para ir à cidade de Nínive (Jn 1.1,2), e de sua atitude quanto ao chamamento divino (Jn 1.3). Este livro contém, de forma mais clara que em qualquer outro livro do AT a mensagem de que a graça salvífica de Deus é tanto para os gentios como para os judeus (Jn 4.11).

3.1.6 Miqueias. Ele foi levantado por Deus para profetizar contra os governantes corruptos, os falsos profetas, os sacerdotes ímpios, os mercadores desonestos que havia em Judá (Mq 2.2,8,9,11; 3.1-3,5,11). Além disso, Miqueias predisse a queda de Israel e de Samaria (Mq 1.6,7), bem como a de Judá e de Jerusalém (Mq 1.9-16; 3.9-12).

3.2 Os que profetizaram antes do Cativeiro do Sul (606-586 a.C.): Naum, Habacuque e Sofonias.

3.2.1 Naum. O tema do livro é a destruição de Nínive, capital da Assíria. Os três capítulos do livro consistem em três profecias distintas: uma descrição clara da natureza de Deus, especialmente sua ira, poder e justiça (Na 1.1-15); a condenação iminente de Nínive, bem como o juízo divino (Na 2.1-13); e, a descrição dos pecados de Nínive, declarando que Deus é justo no seu juízo (Na 3.1-19).

3.2.2 Habacuque. O livro de Habacuque é único no seu gênero por não ser uma profecia dirigida diretamente a Israel, e sim, em diálogos entre o profeta e Deus (Hc 1.2-2.5); contendo também “ais proféticos” (Hc 2.6-20); e um cântico profético (Hc cap. 3). Um fato interessante sobre o livro de Habacuque é que nenhum outro profeta do AT fala com tanta ênfase a respeito da fé como ele. Não
somente pela declaração que “o justo, pela fé viverá” (Hc 2.4), mas, também, o seu testemunho pessoal (Hc 3.17-19)
3.2.3 Sofonias. O objetivo de Sofonias foi advertir Judá e Jerusalém quanto ao juízo divino iminente, denominado de “o grande dia do Senhor” (Sf 1.14). Embora percebesse um castigo vindouro em escala mundial (Sf 1.2; 3.8), Sofonias focalizava, especialmente o julgamento que viria contra Judá (Sf 1.4-18; 3.1-7). Ele faz um apelo à nação para que se arrependa e busque ao Senhor, antes que o
decreto entre em vigor (Sf 2.1-3)

3.3 Os que profetizaram depois do regresso do Cativeiro do Sul (536-425 a.C.): Ageu, Zacarias e Malaquias.

3.3.1 Ageu. O propósito de Ageu era duplo: exortar Zorobabel (o governador) e Josué (o sumo-sacerdote) a mobilizarem o povo para a reedificação do templo (Ag 1.1,2); e motivar os judeus a reordenarem suas prioridades para que a obra da Casa de Deus fosse reiniciada (Ag 1.3-12). O livro contém quatro mensagens, cada uma delas introduzidas pela frase “a palavra do Senhor” (Ag 1.1; 2.1;
2.10; 2.20).
3.3.2 Zacarias. A profecia de Zacarias tinha dois propósitos principais: encorajar o remanescente judeu a persistir na construção do templo (Zc cap. 1-8); e fortalecer os judeus que, tendo concluído o templo, ficaram desanimados por não ter aparecido imediatamente o Messais (Zc cap. 9-14). O livro contém oito visões, sendo que as cinco primeiras transmitem esperança de consolação (Zc 1.7-
4.14) e as três últimas anunciam juízos (Zc 5.1-6.8).
3.3.3 Malaquias. Malaquias escreveu em uma época que os judeus repatriados enfrentavam um declínio espiritual (Ml 1.1-2.17; 3.7-18).

O livro pode ser dividido em seis partes principais:

1ª) Deus reafirma seu fiel amor a Israel (Ml 1.2-5); 

) repreende os profetas por serem infiéis (Ml 1.6-2.9);

3ª) adverte Israel por ter rompido o concerto (Ml 2.10-16); 

4ª) relembra a Israel a certeza do castigo por causa de seus pecados (Ml 2.17-3.6); 

5ª) chama o povo ao arrependimento (Ml 3.13-18);  

6ª) anuncia o “dia do Senhor” (Ml 4.1-6).

CONCLUSÃO
Os profetas eram porta-vozes de Deus e foram chamados, principalmente, em períodos de apostasia, injustiça e imoralidade. Sua principal missão era chamar o povo ao arrependimento e anunciar o juízo divino, caso o povo não se arrependesse. Esses livros foram preservados e inclusos no Cânon Sagrado por sua importância, não apenas para seus destinatários, mas, também, para os cristãos na atualidade, para que pudéssemos aprender e ser edificados através de seus escritos.

Fonte : www.rbc1.com.br

OSEIAS – A FIDELIDADE NO RELACIONAMENTO COM DEUS




I – INFORMAÇÕES SOBRE O PROFETA OSEIAS
1.1 Nome. O nome Oseias, do hebraico Hoshea significa “salvação”. Seu nome revela o propósito de Deus em levantá-lo como profeta, que é o de proporcionar salvação ou livramento a Israel (10 tribos do Norte), se ouvissem a voz divina e se arrependessem de suas más obras (Os 6.1-3). Não se tem muitas informações acerca da genealogia deste profeta, a não ser aquilo que o próprio livro nos revela que ele era filho de Beeri (Os 1.1).

1.2 Livro. Seu livro encabeça a lista dos profetas Menores. Ele contém 14 capítulos e está dividido em duas partes principais. A primeira trata-se da biografia do profeta que retrata a história de seu povo, na sua geração (Os 1-3). A segunda parte trata do mesmo assunto de maneira mais ampla e detalhada. Ele é considerado “o livro do amor de Jeová” e contém profecias sobre a restauração de Israel, no fim dos tempos. Ele é citado por nome no Novo Testamento em (Rm 9.25,26) e o livro em outras partes, como a profecia messiânica (Os 11.1; Mt 2.15) e também uma frase que tornou-se adágio popular (Os 8.7).
1.3 Período que profetizou. Segundo alguns estudiosos seu ministério durou cerca de 40 anos. Isso parece ser confirmado pelo próprio texto sagrado (Os 1.1), pois, a soma dos anos desses quatro reis de Judá citados nessa passagem bíblica são de aproximadamente 113 anos, e Jeroboão II que reinou 40 anos, em Israel (II Rs 14.23) entre (793-753 a.C). Portanto, se Oseias começou seu ministério no final do reinado de Uzias e alcançou os primeiros anos de Ezequias, fica claro que que ele exerceu seu ministério por um tempo prolongado.
1.4 Contemporâneos. O profeta Oseias viveu na mesma época que os profetas Amós (Am 1.1), Miqueias (Mq 1.1) e Isaías (Is 1.1). Eles formaram o quarteto do período áureo da profecia hebraica, entre (790 e 695 a.C). Oseias e Amós eram profetas do Reino do Norte (Israel-Samaria), enquanto Miqueias e Isaías exerceram seu ministério no Reino do Sul (Judá-Jerusalém).

II – A SITUAÇÃO DE ISRAEL NO PERÍODO DE OSÉIAS

Como já vimos, Oseias dirigira sua mensagem ao Reino do Norte (Israel-Samaria), e talvez ele fosse cidadão de Israel e não de Judá, devido ao profundo sentimento e conhecimento concernente a Israel. Sua mensagem é repleta de referências a lugares e eventos que somente alguém que pertencesse a Israel conheceria (Os 6.8), ou daria atenção a eles (7.1; 8.5,6; 9.15; 10.5; 12.5,12; 14.1). Ele dirigiu-se quase que exclusivamente a Israel, a quem 37 vezes chama de Efraim (2.1,2; 4.1,15; 5.1,8; 6.1,4; 9.1,5,7; 10.9,12; 11.8; 12.9; 13.4, 9-13; 14.1,8) e demonstrou relativamente pouca preocupação
para com o Reino do Sul (Judá-Jerusalém), exceto quando o advertiu a não imitar o exemplo de Israel (6.4,11). Mas, como se encontrava o Reino do Norte na época em que Deus levantou o profeta Oseias para ser o seu porta-voz?

2.1 Situação política. Nessa época, estava reinando sobre Israel Jeroboão II (793-753 a.C), filho de Jeoás que foi o quarto rei da dinastia de Jeú. Seu longo reinado sobre Israel (quarenta e um anos) recebeu uma atenção relativamente pequena nos registros de (2 Re 14.23-29).

2.2 Situação social. Jeroboão II liderou Israel num período de muita prosperidade. A Assíria havia enfraquecido a Síria, que dessa maneira não representava mais uma ameaça para Israel. Por isso, Jeroboão II teve liberdade para executar uma agressiva expansão do seu território, conforme profetizado por Jonas (2 Rs 14.25). O Senhor usou esse governante para salvar Israel de anos de dificuldades e problemas (II Rs 14.27). 

2.3 Situação espiritual. Infelizmente, a prosperidade do reino de Jeroboão II levou a muitos males, pois este rei não apresentava qualquer devoção a Deus. Do ponto de vista religioso ou espiritual, Israel descera ao degrau mais baixo. Eis abaixo alguns pecados cometidos pela nação:

Decadência do povo (Os 4.1);
Total falta de misericórdia (Os 6.4-11);
Depravação dos sacerdotes (Os 6.9);
Afastamento do Senhor (Os 7.1);
Indiferença e apatia espiritual (Os 7.8);
Confiança em deuses falsos (Os 8.1).

III – A MENSAGEM DE DEUS ATRAVÉS DE OSEIAS

Já vimos na lição introdutória que a palavra profeta deriva-se do termo hebraico nabbi que significa “falar” ou “dizer”;e do termo grego prophete, que significa “falar de antemão”. Portanto, o profeta é um mensageiro de Deus (Êx 7.1; Hb 1.1). Quando aplicamos esta realidade a vida do profeta Oseias, o vemos com um ministério distinto, pois, antes de verbalizar alguma mensagem por meio dele, usando a famosa frase: “Assim diz o Senhor”, o mesmo recebe a mensagem de Deus para ele “Disse, pois, o SENHOR a Oseias” (Os 1.2-a), ordenando-lhe a transmitir, a princípio, a mensagem para Israel
com a sua própria vida (Os 1.2-b).
3.1 Oseias casa-se (Os 1.2,3). A Bíblia diz que Deus ordenou o profeta Oseias casar-se com uma mulher prostituta (Os1.2). O profeta não questionou a Deus e casou-se com uma mulher chamada Gomer, filha de Diblaim (Os 2.3). Mas, após unir-se a ela, ele testemunha sua infidelidade, quando a viu sair da sua casa para envolver-se com seus amantes (Os 3.1). Oseias havia sido avisado de que a deslealdade da sua esposa seria um exemplo vivo para o adultério (idolatria) cometido pelo Reino do Norte. Como podemos ver, uma das metáforas mais comuns para descrever o relacionamento de Deus com Israel é o casamento (Ez 16.6-14), e a infidelidade matrimonial por sua vez exemplifica a idolatria (Jz 8.27; Jr 3.8; Ez 23.5; Os 2.5). Com Gomer o profeta teve alguns filhos, cujos nomes e significados são proféticos, pois apontam para sentenças que Deus faria contra o povo de Israel. Confira:

• O primeiro filho: Jezreel. Significa (Deus espalhará), chamou-se assim porque o juízo de Deus estava sobre adinastia de Jeú, pelo massacre em Jezreel (II Rs 10.1-14). Embora Deus tivesse mandado cortar a dinastia deAcabe, Jeú extrapolou o limite (II Re 9.10,36; 10.6).
• O segundo filho: Lo Ruama. Quer dizer (desfavorecida), pois o Senhor não amaria mais a Israel, isto é, não demonstraria mais o favor da aliança (Os 1.6);
• O terceiro filho: Lo Ami. Seu significado é (não-meu-povo), pois os pecados de Israel o tinham removido desse relacionamento (Os 1.9).
3.2 Oseias é traído (Os 2.2-13). Uma tragédia aconteceu no casamento de Oseias. Sua esposa o deixou e voltou a prostituir-se (Os 2.1-5). O tema central da mensagem deste profeta é a infidelidade de Israel à aliança, descrita como adultério (Os 4.10; 9.1). A reação humana normal a tal infidelidade é o divórcio, uma medida sancionada pela própria Lei, por ser uma transgressão tão séria (Dt 24.1-4; Mt 19.7-9). O rompimento da aliança no casamento do profeta com Gomer, retrata a quebra da aliança de Israel com Jeová por causa da desobediência (Os 6.7), e o divórcio, por sua vez, representa o
exílio a que o povo estava sentenciado por haver transgredido o mandamento do Senhor (Os 11.1-7).
3.3 Oseias vai novamente em busca de Gomer (Os 2.14-23; 3.1-5). O profeta tinha razões de sobra para não chamar a sua esposa de volta para si. No entanto, a voz divina o impele a convidá-la a regressar (Os 3.1) e ele a adquire por preço (Os 3.2). Como podemos ver, a insistência por parte do profeta em amar Gomer, ilustra o amor persistente de Deus com o povo de Israel, que, embora houvesse pecado, caso se arrependessem, Deus os tornaria a receber porque estava disposto a renovar a aliança quebrada (Os 6.1-3). Aqueles que foram chamados Lo-Ruama (desfavorecida) agora seria Ruama (favorecida) e Lo-Ami (não-meu-povo) seria Ami (meu povo) (Os 2.1,23).

IV – PROMESSA ESCATOLÓGICA DE RESTAURAÇÃO

O Reino do Norte havia resistido aos fortes apelos de Deus por intermédio do profeta a reconciliação, o que resultou numa sentença amarga: o cativeiro pela Assíria em 722 a.C (Os 11.7). Tendo rejeitado a correção, estavam sendo destruídos pela “falta de conhecimento” (Os 4.6) e por esquecer de Deus (Os 2.13). No entanto, a promessa divina aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, de fazer uma aliança perpétua com eles e com seus descendentes, era a garantia de que o castigo não duraria para sempre (Os 1.10; Gn 22.17). Deus havia pronunciado o julgamento através do profeta (Os 2.6-13), porém, também anunciou a sua restauração, e que o Senhor graciosamente perdoaria a nação perversa e com paciência a atrairia para si (Os 2.14). Suas palavras finais ao povo são de esperança e não de julgamento (Os 14.4-8). O
apóstolo Paulo também fez referência a essa restauração (Rm 11.25-32).

V – A ATUALIDADE DA MENSAGEM DE OSEIAS PARA A IGREJA

A mensagem da graça redentora está no coração do livro de Oseias (Os 4 a 14). O Novo Testamento destaca esse tema e cita os textos que esclarecem o significado do evangelho. Os apóstolos falam dos gentios como o “não povo” que se torna o povo de Deus e encontra a misericórdia salvadora (I Pe 2.10; Rm 9.25,26). Embora originalmente a maioria das profecias de Oseias tenham sido direcionadas ao povo de Israel, existem princípios nela contidos que servem de ensino para a Igreja de Cristo ainda hoje, tais como: Deus reprova o orgulho (I Tm 3.6; Tg 4.6); a idolatria (Mt 10.37; Lc 16.13; I Co 10.14; Gl 5.20; Cl 3.5; I Jo 5.21); e a amizade com o mundo que é vista como adultério (Rm 12.2; I Jo 2.15; Tg 4.4), pois requer que todos os seus servos O sirvam com fidelidade, obediência e santidade (Mt 7.21; I Tm 4.10; I Ts 4.3,4,7).

CONCLUSÃO
Como vimos, o relacionamento entre Oseias e Gomer descrito no livro deste profeta, serve de pano de fundo para retratar a infidelidade de Israel na aliança com Deus. Ainda assim, Deus, apesar de punir a nação, não a rejeita, mas mostra-se grandemente amoroso convidando-os ao arrependimento e prometendo-lhes restauração (Os 14.1-4). Ainda aprendemos que o conteúdo do livro traz para a Igreja de Cristo, valiosos ensinamentos que permanecem como doutrina, a fim de que permaneçamos vivendo em pureza e conservando a aliança com Cristo feita com seu próprio sangue (Mt 26.28; Hb 7.22).

Fonte : www.rbc1.com.br

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O teu Trono, ó DEUS é eterno






O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de eqüidade.
Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros. 

Salmos 45:6-7

Estes dois versículos tem em JESUS CRISTO o seu pleno cumprimento. O autor de Hebreus aplica estes versículos  á exaltação, Preeminência , autoridade e caráter de CRISTO ( Hb 1.8 )

O Dominio de CRISTO será " para todo o sempre " ( Ap 1.16 ). O Rei Messiânico é chamado " DEUS " no versículo 6 e é diferenciado de " teu DEUS " ( i. e. , o Pai ) no versículo 7.  Esta distinção  harmoniza-se  com o ensino de NT de que tanto CRISTO quanto o Pai são DEUS em plenitude.

Neste Salmo, vemos a caracteristica mais de CRISTO em termos de amar e aborrecer. Ele ama a Justiça pois ela caracteriza  seu Reino. Uma vez que sua alegria consiste no cumprimento da vontade do Pai ( Hb 10.7 ), Ele ama sobremaneira a Justiça em todas as suas manifestações ( Ef 5.26 / Hb 12.13 )
Tanto quanto Ele ama a Justiça, assim também Aborrece a Iniquidade. Ele deixou isto claro ao morrer na Cruz para debelar o mal e Salvar o seu povo dos seus pecados ( Mt 1.21 ). Enquanto Ele esteve na terra, defrontou-se com todas as formas de Pecado : Uma geração perversa ( Mt 12.39 ), as forças satânicas da iniquidade ( Mc 1.34-39 ) e a hipocrisia entre o povo de DEUS ( Mt 23 ). no fim dos tempos, Ele voltará para estabelecer a Justiça na terra ( Ap 19.22 )

Porque JESUS ama a Justiça e aborrece a impiedade, DEUS o estabeleceu ao ungi-lo, sobre todos os demais. Esta união refere-se á glória, bem-aventurança  e autoridade que DEUS lhe deu. O " Óleo de alegria " relaciona-se  diretamente com sua união pelo ESPIRITO SANTO  ( Mt 13.16-17 / Gl 5.22-23 / Hb 1.9 )

Semelhante, o derramamento abundante do ESPIRITO SANTO sobre o povo de DEUS virá somente á medida que esse povo ame a Justiça com o profundo amor de CRISTO. Além, disso, o direito de servimos como líderes espirituais do povo de DEUS terá por base um amor á justiça, como o de CRISTO, e uma cortina de resistência ao mal .


"Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.
Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar;
Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento;
Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia
(Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?);
Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo.
Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo." 
1 Timóteo 3:1-7



Fonte : B.E.P

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

DEUS não empresta, dá !





37 vezes a Bíblia faz menção da palavra empréstimo, porém nenhuma das vezes é ou está referente a DEUS, ou  a dizer que o DEUS emprestou alguma a alguém.

Muitos pregadores tem inventado uma nova Doutrina, a dizer que tudo o que temos é emprestado, esse pregadores Inovadores tomam por base naquele texto Isolado em 2 Rs 6.1-7 que diz :


E disseram os filhos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face, nos é estreito.Vamos, pois, até ao Jordão e tomemos de lá, cada um de nós, uma viga, e façamo-nos ali um lugar para habitar. E disse ele: Ide.E disse um: Serve-te de ires com os teus servos. E disse: Eu irei. E foi com eles; e, chegando eles ao Jordão, cortaram madeira.
E sucedeu que, derrubando um deles uma viga, o ferro caiu na água; e clamou, e disse: Ai, meu senhor! ele era emprestado. E disse o homem de Deus: Onde caiu? E mostrando-lhe ele o lugar, cortou um pau, e o lançou ali, e fez flutuar o ferro.E disse: Levanta-o. Então ele estendeu a sua mão e o tomou. 

Vejamos a frase "Ai, meu senhor! ele era emprestado" justamente esse frase aí que muitos pregadores estão inventando uma nova Doutrina, que essa mesma Doutrina faz menção que DEUS não nos deu, apenas emprestou, porém, está errado, como o titulo diz : DEUS não empresta, dá ! Como já foi citado logo mais acima que, 37 vezes a Bíblia faz menção da Palavra " empréstimos" , porém, nenhuma das 37 vezes o texto indica que DEUS emprestou, alguma coisa.

Devemos aprender que, pra um texto ser tratado como Doutrina a ser pregada ele deve ser encontrado 2 vezes ou mais nas Sagradas Escrituras. Esse texto em 2 Rs 6.1-7, é o que chamamos de texto isolado. ( esse texto não deve  e pregado como Doutrina )
Bíblia 360 vezes faz menção dos termos : " dá , deu-lhes , ofereceu-lhes , deu " vamos ver alguns exemplos a luz da Bíblia, e iremos começar com o texto áureo do Novo Testamento Jo 3.16, que diz :


Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 
João 3:16


vejamos a expressão em negrito e cor vermelha : "....deu o seu Filho unigênito..." DEUS deu seu próprio filho para a humanidade.

Bíblia em nenhum momento mostrar DEUS pegando emprestado, e muito menos emprestando. Alguém pode até replicar a dizer que a Bíblia mostrar JESUS mandando pegar aquele jumentinho que estava amarrado ( Lc 19.30 ), e também onde JESUS foi sepultado, porém, se lermos o Sl 24.1 vamos ter uma noção, leia-mos :


"Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam."

JESUS não pegou o jumentinho emprestado, e muito menos foi sepultado em um túmulo emprestado, o jumentinho já era dele, e o sepulcro também, tudo que tem aqui na terra que habita aqui na terra é do Senhor !

vejamos mais textos onde também diz que DEUS está dando ou oferecendo :

E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. 
João 10:28

A vida eterna, ( Salvação )  o próprio DEUS nos deu, porém, apenas devemos vigiar, zelar, porque o Pecado nos faz perde-la.

E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; 
João 14:16

► O Espirito Santo assim como JESUS também ele nos foi dado, e hoje habita em nós, todavia também devemos zelar por Ele. Mas ele também foi dado a nós, crentes salvos na Pessoa de JESUS Cristo.


E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. 
Atos 3:6


► Vejamos aí, o que Pedro usou foi realmente o que DEUS lhe deu, veja quando o apostolo diz : ".... mas o que tenho isso te dou ..... " Pedro estava dando ao coxo aquilo que já estava nele, e o que era dele.
As vezes quando um crente é pregador da palavra e ele prega bom pra honra e Glória de DEUS ou até canta muito também para Honra e Glória de DEUS, as pessoas dizem, que é emprestado, porém, não é emprestado é dado, o Poder, a Unção, a Graça é dada pra Humanidade, porém, torno a dizer devemos zelar por aquilo que o Senhor  DEUS nos deu, seja dons, se você prega com ousadia na Palavra, se DEUS lhe usa no Louvor, é Seu, você foi Agraciado com uma Gratificação vinda de DEUS, é seu, agora zele, cuide, pra que satanás não venha a conseguir roubar, porque, tentar roubar isso que DEUS lhe deu, concerteza ele vai, ou se não é que já está tentando roubar aquilo que o Senhor DEUS nos deu.

Mas o que DEUS nos deu, zele-mos guardemos, porque é presente de Jeová, que DEUS continue nos ajudando, e abençoando com bençãos Espirituais e Materiais, o DEUS de paz esteja sempre conosco.

Paz do Senhor !

Fonte : Pr. Maximiliano - em culto de Doutrina na IEADPE em UR-12 Ibura 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

A VIDA PLENA NAS AFLIÇÕES




I – DEFINIÇÃO DE AFLIÇÃO E VIDA PLENA

O termo aflição no grego é “Kakoucheõ” que significa: “sofrer infortúnio, ser maltratado” (Hb 11.25; 11.37; 13.3). A palavra “Kakopatheõ” que quer dizer: “sofrimento, adversidade, padecer” (2Tm 1.8; 2.9; 4.5; Tg 5.13); e “Kakopatheia” pode ser definida como: “aflição, maltrato, angústia” (At 7.34; Rm 8.18; 1Pe 1.11; 5.1; Hb 2.9; 2Co 1.5; Fp 3.10; 1Pe 4.13; 5.1).
Já o termo vida plena tem o sentido de vida abundante que significa “superabundante” e diz respeito a qualidade de vida que é oriunda de Cristo - a fonte (Jo 4.14; 14.6; Rm 6.4; 7.6; Ap 21.6). Portanto, vida plena nas aflições significa desfrutar de paz, alegria e, principalmente, da presença de Cristo, mesmo no sofrimento, pois,como disse o Senhor Jesus: “...Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (Jo 10.10).

II - EXEMPLOS BÍBLICOS DE AFLIÇÕES

Encontramos nas Sagradas Escrituras diversos exemplos de servos de Deus que enfrentaram adversidades e aflições. Vejamos alguns:

José: Até tornar-se governador do Egito, sofreu inveja por parte dos seus irmãos, foi lançado em uma cisterna, vendido como escravo, caluniado e preso injustamente (Gn 37-45);

Noemi: Ela perdeu seu esposo e seus filhos (Rt 1.1-5). Sua dor e tristeza foi tão profunda que chegou a pedir que lhe chamassem de Mara, que significa “amargosa” (Rt 1.20);

Jó: Apesar de ser um homem sincero, reto, temente a Deus, e desviar-se do mal, por permissão divina, perdeu todos os seus bens, seus filhos, e até mesmo a sua saúde (Jó 1.13-2.8);

Jeremias: Foi escolhido por Deus para o ministério profético, mas, foi rejeitado por sua família, pelos sacerdotes e pelo povo judeu (Jr 12.6; 20.2; 26.8,9); foi afrontado pelos falsos profetas (Jr 23.9-4028.1-17); foi ferido e colocado em um cepo (Jr 20.1,2), colocado na prisão (Jr 37.15,16) e, posteriormente, em um calabouço (Jr 38.6);

Jesus: Mesmo sendo o Filho de Deus, Ele experimentou diversos tipos de sofrimento. Ele nasceu em umaestrebaria (Lc 2.1-7); ainda quando criança, precisou fugir para o Egito, para escapar da morte (Mt 1.13-18); foi desacreditado, não só pelos judeus (Jo 1.11), mas, até mesmo pelos seus irmãos (Jo 7.5); durante o seu ministério, foi acusado e perseguido pelos sacerdotes, escribas e fariseus (Mt 12.24; 21.15; Mc 11.18; 14.1; Lc19.47; 20.1); além disso, Ele foi preso, julgado, condenado e morto, mesmo sem haver cometido crime algum (Mt 26.47-27.56; Mc 14.43-15.41; Lc 22.47-23.48; Jo 18.1-19.37);
Paulo: Enfrentou diversos tipos de aflições, tais como: insulto (At 13.45); apedrejamento (At 14.19,20); açoites e prisões (At 16.22,23); naufrágio, fome, sede, frio e nudez (II Co 4.8-9; 11.16-33).

III – PERSPECTIVA PAULINA SOBRE O CONSOLO E ALEGRIA EM MEIO AO SOFRIMENTO

A Bíblia nos mostra claramente que o servo de Deus não está imune às tribulações. Mas, ensina também que podemos obter regozijo e consolo divino, mesmo em meio às aflições da vida, como veremos a seguir:
• Paulo: sabia muito bem o que era padecer, pois, como vimos anteriormente, ele enfrentou diversos tipos de aflições. No entanto, tinha convicção que jamais seria desamparado: “Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos” (II Co 4.8,9);

• Paulo: ensina também que é possível o crente regozijar-se, mesmo em meio ao sofrimento: “Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja” (Cl 1.24). A Epístola aos Efésios, por exemplo, foi escrita quando Paulo estava preso em Roma (Fp 1.12,14). No entanto, ele não demonstra angústia, tristeza ou frustração; pelo contrário, é nesta carta em que ele mais demonstra o seu regozijo e alegria (Fp 1.4,18; 2.2,17; 3.1; 4.1,4,10);

• O cristão que sofre por amor à Cristo, sem dúvida, experimentará também o consolo divino: “Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo (II Co 1.5);

• Mesmo em meio às tribulações, o apóstolo Paulo diz que estava cheio de consolação e transbordante de gozo:“Grande é a ousadia da minha fala para convosco, e grande a minha jactância a respeito de vós; estou cheio de consolação; transbordo de gozo em todas as nossas tribulações” (II Co 7.4).

IV – COMO DESFRUTAR DE UMA VIDA PLENA NAS AFLIÇÕES

A Palavra de Deus nos ensina, não apenas sobre a possibilidade das aflições na vida do servo de Deus, mas,também, como devemos nos portar em meio ao sofrimento. Vejamos:

4.1 Confiando em Deus

• O patriarca Jó, apesar de todas provações, demonstrou uma confiança inabalável em Deus, quando disse:
“Ainda que ele me mate, nele esperarei... Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se
levantará sobre a terra... Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser
impedido” (Jó 13.15; 19.25; 42.2).
• Davi experimentou muitas aflições, principalmente no período entre a unção e a aclamação como rei. Porém,nunca deixou de confiar no Senhor. Ele disse: “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo... Ainda que um exército me cercasse, o meu coração não temeria; ainda que a guerra se levantasse contra mim, nele confiaria” (Sl 23.4; 27.3).

4.2 Reconhecendo que Deus está no controle de tudo

• José, filho de Jacó, era ainda muito jovem quando começou a ter sonhos (Gn 37.5-10). Possivelmente, ele
entendeu que um dia exerceria liderança sobre a sua família. No entanto, sua trajetória até tornar-se governador foi marcada por aparentes fracassos. Mas, anos depois, ele pôde dizer aos seus irmãos: “Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós” (Gn 45.5).
• Nos dias da rainha Ester, uma forca foi preparada para Mardoqueu (Et 5.14; 6.4), e um decreto foi assinado pelorei, ordenando matar a todos os judeus (Et 3.8-15). Porém, Deus já havia provido um meio para impedir tal calamidade (Et 4.14-7.10). Mardoqueu, então, foi honrado (Et 6.6-11; 9.3,4), seu inimigo feroz foi morto na mesma forca que havia preparado para ele (Et 9.25), e os judeus receberam autorização para se defenderem de seus inimigos (Et 9.1-25).

4.3 Sabendo que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus

• O salmista disse que foi através da aflição que ele aprendeu a obedecer ao Senhor (Sl 119.67,71);
• Após a provação, Jó reconheceu que teve uma experiência mais profunda com Deus (Jó 42.5);
• Foi através do sofrimento que o filho pródigo lembrou-se da casa do pai (Lc 15.15-20);
• O apóstolo Paulo disse que a tribulação produz paciência (Rm 5.3); e Tiago diz que a prova da fé produz paciência (Tg 1.2-4). Por estas e outras razões, o mesmo Paulo diz: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28).

4.4 Tendo esperança que um dia todo sofrimento terá fim

• O Senhor Jesus prometeu vir nos buscar (Jo 14.1-3);
• As aflições deste mundo não se comparam com a glória que nos será revelada (Rm 8.18);
• Aqueles que são participantes das aflições de Cristo, se alegrarão e se regozijarão na Sua vinda (I Pe 4.12,13);
• Quando Cristo voltar, seremos semelhantes a Ele, e teremos um corpo glorioso e incorruptível, imune às
doenças (I Jo 3.1,2);
• Nós habitaremos com Cristo, onde “... não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor...” (Ap 21.4).

CONCLUSÃO

Enquanto estivermos neste mundo, estamos sujeitos às provações, angústias e tribulações. A Bíblia ensina
claramente que a vida cristã não nos isenta de adversidades. Porém, mesmo em meio ao sofrimento, podemos contar com o consolo divino. Mas, além disso, devemos confiar em Deus, reconhecer que ele está no controle de tudo, saber que tudo que ocorre em nossas vidas é para o nosso bem, e que um dia nós estaremos, enfim, livres de toda dor e sofrimento.

Fonte : http://www.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/cod/231/page/1

DEUS habita no meio dos Louvores ?


Porém tu és Santo, o que habitas entre os louvores de Israel. 

( Salmos 22. 3 )


Neste texto, há uma grande preocupação pois muita gente, usa-o de forma incorreta pois, na verdade DEUS não habita no meio dos Louvores, diferente como muita gente diz nos dias atuais.

A Biblia de Estudo de Genebra tem uma melhor tradução a respeito do versículo, ela diz:

Contudo, tu és santo, entronizado entre os louvores de Israel.

Entronizado :  adj (part de entronizar) 1 Que se pôs no trono. 2 Elevado, exaltado. elevar-se, subir ao trono, tornar elevado, sublime, glorioso; enaltecer, altear, engrandecer.

A palavra "entre" trás para nos significado de ► "Acima de"

então o versiculo fica assim : "Contudo tu és santo, acima dos louvores de Israel"

A realeza de DEUS existe antes de qualquer aclamação humana, mas o seu reino manifesta-se aos adoradores, ao louvarem-no.

O que o Salmista que dizer é que DEUS é engrandecido nos Louvores de Israel, que DEUS era enaltecido quando em Israel se cantava louvores a DEUS.

Não que DEUS habita em meio aos louvores, porque na verdade DEUS, como disse salomão, "Nem os céus dos céus pode te conter" . Esse verso no livro de Salmos de número 22, é bem parecido com Salmos 99.1 que diz :

O Senhor reina; tremam as nações. Ele está entronizado entre ( ou acima dos ) os querubins, comova-se a terra.

Certa feito eu ouvi uma cantora dizer : "DEUS conta com você para o adora-lo"

DEUS não conta com nós para o adora-lo, até porque antes da existência humana Ele já existia, porém DEUS nos chamou para uma vida de Consagração e Adoração a Ele, Reverência, Submissão a sua Palavra com nossas vidas. 

Mesmo que nesse Globo terra, ninguém venha a adorar a DEUS, ele continua sendo DEUS,  Ele não depende de nós, muito pelo contrario nós dependemos de DEUS.

Paz do Senhor !

Autor : M.J.A